quarta-feira, 6 de junho de 2012

NALDO E SEUS HOBBYS

         Naldo e sua coleção de tênis e bonés

Naldo impressiona. Pelo 1,86m cheio de estilo, pela gentileza, pela humildade e pelos números. O moço faz cerca de 20 shows por mês. Muitas vezes, três na mesma noite. Por cada um, estaria embolsando R$ 30 mil. Na garagem da casa recém-comprada num condomínio em Jacarepaguá, uma moto zero-bala divide espaço com um carrão desses imponentes, que, por baixo, custa R$ 200 mil, e uma coleção de tênis. Não uma qualquer. São mais de 400 pares cuidadosamente estocados em armários enfileirados. Todos lotados de marcas como Nike, Adidas, Puma e Red Noise, alguns assinados por grandes craques da NBA ou por descolados do hip hop. Pares que Naldo usou uma vez, ou nunca usou. Pares que ainda nem chegaram ao país. Pares que podem custar até US$ 800. Pares pelos quais o menino criado na Vila Pinheiro, Complexo da Maré, pode pagar.

A compulsão deve estar associada à falta de um modelo específico na infância. Naldo só queria ter um Redley bicolor, moda entre a juventude bem-nascida, no finzinho dos anos 90.

— Uma vez, um amigo conseguiu um pra mim. A mãe dele era empregada doméstica e a patroa tinha jogado um Redley fora. Meu amigo sabia do meu sonho e me deu. Só que o tênis tinha um buraco no dedão e outro na sola. Peguei um papelão e pintei nas cores dele, azul e laranja. Saí à noite para uma festa, mas não podia me mexer muito, porque meu pé aparecia. Só pude usá-lo uma vez — recorda.
O garoto pobre do Complexo da Maré já foi duas vezes para Nova York. A última delas para uma miniturnê. Agora, quer promover parcerias com os "brothers". Na manga, uma gravação com Fat Joe, um dos precursores do rap nos EUA.

Naldo adora tudo que é americano. Pela casa, vê-se celular, rádio, dois iPads e notebooks. No futuro, quer construir o próprio estúdio. Não é dado a grandes luxos, mas tem lá seus supérfluos de novo rico. Quem pode condenar? Naldo ostenta um closet de fazer inveja a muito playboy admirador de marcas como Abercrombie, por exemplo. É tanta roupa, que as peças da noiva Ellen, a Mulher Moranguinho, ficam espremidas num canto. E está tudo em ordem. Em duas portas, que vão até o teto, outra mania do cantor: os bonés.

— São mais de 300, fora os que levaram, os que dei... Até compro a mais para dar para os fãs. Fiz um show em Cabo Frio, fiquei bolado. Tinha comprado um Adidas branco clássico, daí estava lá dançando, empolgado e joguei o boné. Um menino pegou, fiquei desesperado. Depois, num show grande, lotado, localizei o menino na plateia, com o boné, acenando pra mim! Perdi, playboy — lamenta, às gargalhadas, apontando as últimas aquisições: um boné do Transformers, outro com o qual assistiu a uma partida da NBA, nos EUA, um idêntico ao do americano Chris Brown, com quem já foi comparado por certa semelhança física, e um do Flamengo, time do qual é torcedor.

Naldo é realmente fissurado por bonés. Nem ele entende a loucura, mas virou uma marca. E conta uma curiosidade sobre eles: entre os MCs de hip hop, ninguém tira as etiquetas holográficas que vêm nesses acessórios







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